31 de mai. de 2011

Como é grande o meu amor por você...



Não sei como pude viver
tantos anos sem esse amor
Esse que inunda todos os pedacinhos do meu corpo
que me faz rir sem querer
olhando pra qualquer lugar
porque a lembrança daquele riso amado
ecoa no ouvido
como se pertinho estivesse
Não sei como pude passar tanto tempo
Longe...
dessa paz gigante
desse olhar fascinante
do toque mágico...
da certeza do eterno...

Não sei … sinceramente não sei...

Mas o passado...
não existe mais...
Só uma história que passou...
Momentos perdidos... e sem qualquer sentido...

Aos poucos eu sei...
Aos poucos eu sinto...
O porquê de tanto vazio
De tanta ausência de algo insabido...

Era você...
todo tempo você...
que faltava em minha vida...

30 de mai. de 2011

Me aqueça neste inverno e que tudo mais...




Eu não gosto do frio...
Mas, nos teus braços
com seus pés quentes
e seu rosto colado
com seu hálito perto
cheirando carinho e amor...
Suporto essa dor...
A dor que congela o pé
que congela os dedos
irrita tirar a roupa para o banho
estremece ao sair do chuveiro
Mas se teu corpo está do lado
Eu não ligo pra esse frio...
denso...
cinza … e sombrio...

... Longe do seu calor...

Nessa madrugada vazia

Eu odeio... odeio esse maldito ventinho
que sopra sua ausência
que congela meu espírito...

…Dias correm logo...
Pra que eu encontre meu amor...
e seu corpo fervente...
Pra que me aqueça...
de sorriso, afobação e suor...

24 de mai. de 2011

Um daqueles sonhos...



Você foi um daqueles sonhos

Que se tem de olhos abertos

Que adentra o peito

Sufoca a alma

E mostra a vida após a morte

Um daqueles sonhos

Que mostra o paraíso

Acalmando o ser

Dando a certeza de um novo amanhecer

Depois da intensa escuridão

Da dor... e da solidão

Um daqueles sonhos

Inexplicáveis

Que toca o espírito

Pára o universo

Gira o corpo

Envolto do mais belo sentimento

O amor

Intenso e avassalador

Um daqueles sonhos

Breves e eterno

Que leva o tempo

Mais não apaga qualquer momento

Que tira o sono

Que entristece de repente o sorriso

Um daqueles sonhos

Que acontece repleto de magia

Onde as palavras não falam

Onde o olhar tem muito a dizer

E o toque afável e mutuo

Paralisa todo o ser

Um daqueles sonhos

Que não se deve acordar

E continuar a viver

Lutando a cada segundo

Um dia... Esquecer

Um daqueles sonhos

Que sonhando... Dever-se-ia morrer...

A inconstância...


Às vezes consigo dizer o que desejo

Em outras não sei ao certo por onde sigo

Não sei os sonhos que me encanta

São tantos querendo emirgir

Querendo um espaço para voar

Levando embora meus momentos vagos

Às vezes consigo navegar

por entre nuvens e estrelas

Em outros instantes

Não saio do chão

Presa com correntes fincadas na mais profunda terra...

...

Às vezes vejo beleza no mais simplório dia

Em outros não quero sequer acordar

São tantas facetas do meu ser

São tantas inconstâncias dentro de mim

Que paro... num canto... silencioso e vazio...

Tentando resgatar mais dias de viagens aos céus

mais dias iluminados por pensamentos de alegria...

Às vezes consigo

Em outros ... a corrente me prende firme...

e fico inerte...

...apenas com a lembrança do que eu era

um dia antes...

17 de mai. de 2011

Inocência da alma...


Chego em casa
Depois de um dia turbulento
Com mil pensamentos
Cheia de cansaço e pouco caso
E de repente
Escuto uma voz fina e inocente
Chamando meu nome
Me roubando um sorriso
Me envolvendo de um amor sincero
As névoas negras do dia longo e frio
Abandonam completamente meu espirito
Me agacho e abraço aquele corpinho indefeso
Envolvo no mais gostoso calor
Sinto aqueles bracinhos pequenos
Comprimindo meu pescoço
E depois desse breve abraço meigo
Sinto as mãozinhas acariciarem meu rosto
Tirar da minha testa todos os meus desgostos
E suavemente arrumando os meus cabelos
Dizendo palavras incompreendidas
Trocando sílabas
Falando numa velocidade tão linda
Com aqueles dentes pequenos
Eu só querendo parar o tempo
E ficar ouvindo essa voz tão fina
Que me aquece por inteiro
Me leva há um mundo de flores perfumadas
De jardins encantados
De dias sempre ensolarados
Tudo deixa de ser sem cor
O coração bate feliz no peito
E os olhos grandes e azuis da minha pequena Patrícia
Me toma de um sossego brando e verdadeiro

Assim enfeitiçada por aquele pedacinho de gente
Aperto mais uma vez contra o meu ser
Lhe beijando a face...
Levo-a para dentro
E fico sentada ouvindo suas histórinhas
Do seu dia de brincadeiras no parque
Do dia que ficou de noite de novo
Do bicho-papão no canal de TV
Do brinquedo barulhento que parou de funcionar
Da Barbie que sumiu
Do tênis que ficou preso no escorregador
E de inúmeras coisinhas
Que eu não entendia
Mas fiquei ali...
Ouvindo cada pedacinho contado
Cada palavra sem sentido
Até o sono lentamente lhe fazer a boca abrir

fechar suas pálpebras
Fazendo-a escorregar para o meu colo
Aconchegando sua pureza em mim
Faço um último carinho
Antes de colocá-la no berço
Sorrio
Pela graça recebida
Por minha magnifica família
Respiro fundo
Espanto o mundo
E esqueço sempre ...
Todos os defeitos e fracassos da minha vida...

Acontece...


Certos momentos acontecem por acaso
Certos sorrisos espontâneos e verdadeiros
Acontecem em instantes não esperados e tão pouco planejados
De forma incerta acontece algo raro
De forma inesperada acontece algo mágico
E o olhar se entrega sem entender
Abismado... com o encanto penetrante no ar...

Porque de repente tudo muda de cor ?
Porque de repente o beijo muda o sabor ?

O coração alvoroçado se aquieta calmo
O suor nas mãos se dissipa
Exala um natural calor
Transpira uma perfumosa alegria

Porque de repente o vale a pena
Se torna real
Se torna vivo
Enche de esperança
Que nem tudo ... todo... é igual

Porque de repente
Vejo... você diferente
Escuto sua voz tão perto e tão distante

O imperfeito se torna completo
O avesso do seu sentido
Num misto divino

Porque de repente
Acontece assim...
Repentinamente...
tornando-o único
nos meus sonhos
nos meus desejos
no mais puro e inocente sorriso meu !

Porque de repente é assim que nasce...
O genuíno sentimento !
Sem pressa! Sem medo ! Sem planos...
... apenas e tão serenamente... acontece...

8 de mai. de 2011

A raiva

Já me come de dentro pra fora
Não sei de onde vem
Só sei que sinto que ela quer me levar embora
Está difícil segurar
Essa vontade ensandecida
De tudo acabar
Sinto tremores pelo corpo
E ninguém tem culpa disso
Não sei de onde vem isso

Deve vim do obscuro do homem
Lá onde ninguém habita
Onde vive o monstro da ira

O choro já não acalma
Não abranda tanto vazio
Por quê eu só quero chorar
Minha cabeça não para de doer
Meus olhos ardem de tantas lágrimas que querem escorrer

Eu não sinto mais vontade de viver
Continuar tem sido uma luta
Lamento por não estar suportando mais
Esses dias nebulosos
Dias difíceis
Ou tão fáceis que não consigo entender

Eu não quero entender

Como dói a minha cabeça.................