27 de nov. de 2007

Anjo dos Céus

Teu sorriso é o encanto dos sonhos
Teu jeito eloqüente envolve os mistérios dos mundos
Numa busca imperfeita você foi minha descoberta
Em outro universo
Em outro rumo
Busco-te a cada instante
Numa loucura surreal
Vejo-te e quero-te no horizonte
Perto... Longe
É o seu jeito singular
Que conota o abismo a luz fulgente
É a sua gargalhada que ensurdece a alma
Que encarrega o desejo impar de encontrá-lo em cada estrela cintilante
É o meu ser padecido de indecifráveis rotinas
Que desvenda sem querer...
O caminho da magia
E abre o peito ao vê-lo
Guiando-me para um novo começo
Nem duradouro peço
Eis que espero que o feitiço longo por minutos seja
Surge diante de mim
O anjo que me acalma nesta noite fria
Num frescor celestial os seus braços fortes
Cobre-me de uma terna proteção
Abro os olhos e vejo-te dormir
O temor vem me invadir
Sei que tão logo o sol clareia
Seus raios denunciarão
A magia está por fim
Tão logo...
O beijo se despede
A mão...
Toca o rosto sereno e os lábios sorrir
Eis à hora de partir
Fica no peito um Adeus
Fica na memória um encontro com um Deus
Fica o aroma na pele, no ar...
Fica na alma impregnada o perfume do anjo mais doce...
Mais lindo... E Perfeito
Que a fantasia foi capaz de criar...

Docinho

Aquele sorrisinho arteiro
A ameaça de pegar o vaso tão velho e valioso
E joga-lo ao chão
A mão malvada
Que bate
Que repreende
Sem ao menos explicar
As coisas que consideram proibidas
O sorriso que se perde
O coração que chora
E no entardecer o dedinho vem como consolo
Dar-lhe afago em vez de um beijo aquece-lo
O corpinho indefeso que se encolhe
Para tentar se abraçar e não sentir tanto frio
E nem a ausência de tanto amor
E nos sonhos anjinhos vêm lhe abençoar
Fazendo piruetas e beijando seu narizinho
E tudo mágico acontece
Mais tão logo
A mão que bate
acaricia
chora
E ao pé do seu ouvidinho pede perdão
Agradecendo a Deus a sua existência
E o pequeno corpinho se solta
E o abraça
Misturando sua inocência
Com a loucura adulta.

O TEMPO NÃO LEVOU EMBORA

ODEIO SENTIR SAUDADES DE VOCÊ
ODEIO SABER QUE NÃO ME VÊ
ODEIO VÊ-LO LONGE DE MIM
ODEIO TER A CERTEZA QUE OLHA PARA TUDO MENOS ONDE ESTOU
ODEIO OUVIR SEU SORRISO POR AI
ODEIO LER SUAS HISTÓRIAS DE AMORES PERDIDOS
DE ENCONTROS SINGULARES
DE MAGIA E SAUDADES
ODEIO CADA SEGUNDO QUE PROCURO
UMA SOMBRA DO QUE FOMOS
ODEIO SENTIR TUA GARGALHADA ECOANDO
AO MUNDO
ODEIO TER ESSA CERTEZA QUE TUDO ACABOU
ODEIO ODEIO ODEIO
SIMPLESMENTE QUALQUER CANÇÃO
QUALQUER RITMO
QUALQUER SOM
QUE TUDO QUE INVADE A ALMA ME LEVA A VOCÊ
ODEIO LEMBRAR O TEMPO QUE FICAVAMOS
CONVERSANDO SEM ESCUTAR NADA AO REDOR
ODEIO TUDO QUE VOCE TOCOU
ODEIO TUDO QUE VOCÊ AMOU
ODEIO A MIM
EM CADA PEDAÇO
EM CADA CURVA
EM CADA SUSPIRO
POR AINDA
AMAR-TE ASSIM

Segundo Qualquer

Peca-se o sonho em ter momentos tolos
Daqueles profanos
Que poucos são capazes de entender
Vai me dizer
Que não sente vontades do nada
Em me ter um tanto pertinho sem saber o que fazer?
Peca-se o desejo louco
Com idéias doentes de uma noite longa
O copo cheio de vinho e transbordando de alegria
Peca-se cada doido segundo longe
Embriagado de euforia
Só pelo perfume dos cabelos longos
Peca-se na espera de algo improvável acontecer
Simplesmente porque talvez seja algo difícil de conter
Diz que não é verdade
Bom sentir emoções
Mesmo não podendo
Vale a pena que seja por um momento

O Mal do Milênio

Estou com um nó na garganta que me dilacera
Fico na espera de um sofrimento menor
De um sorriso menos melancólico
De uma amizade mais sincera
De algo que faça o meu sorriso voltar a brilhar
Como os raios do sol dourados
No céu cinza a iluminar
Em meio há tanta lamuria
Tenho tentado viver por dentro
Mais meu coração teima em ficar silencioso
Como as pedras que enfeitam os cemitérios
Sinto-me alma penada
Vaga e com medo do futuro
Esse que me vem tão turvo
Meus pensamentos eram tão quentes
E cheios de vida
Mais a idade me obriga a sentir pena de mim mesma
Como o sorriso ao choro
Meus olhos incham de infelicidade
A vida anda escassa de mim
Que me lembro de acordar
Dormir, talvez...
Ou quem sabe
Sorrir, caminhar... Ver o sol
Ver alguns extintos amigos
Sentir um pouco o meu eu
Que corrói sem vacilo algum
Um abismo em minha vida
Ás vezes sinto que nada sou
Isso é o pessimismo do século
Nada hoje realmente importa
Amargos estão os meus dias
Sem um cálice de sabedoria
Amargos estão os meus momentos
Sem um punhado de compreensão
Sou um vazio
Sobra-me solidão
Não é a falta de um amor
Nestes dias de hoje

Isso não é importante
Enche-me os olhos de tristeza saber
Que sou nada
Perto de uns miseráveis níqueis
Provavelmente também
Beiramos ao fim
Esse é o preço da modernidade
Sinto falta de momentos que não vive
De épocas que não senti
Ah! Meu ALVARES DE AZEVEDO
Quem dera ter-lhe conhecido
Morreríamos abraçados
No solitário âmago
Em meio há uma escuridão sem fim
Estou só e por dentro gelei-me
DEUS o que será de mim agora?
Sinto-me as pálpebras pesarem
Tenho sonho e pouca imaginação
Para fechar os olhos e dormir
Estou tão só
Tão só no meu cantinho
Tão esvaído esta o meu coração
Tão só vou deitar-me
Fechar os olhos
E pensar em um meio
De ganhar modernidade
Mas estou tão gélida
E tão só deito-me
Com o meu frio coração
Encravado no meu peito.

O FIM

Eu odeio ser poeta
Quero ser normal e ver o mundo de outra forma
Sem qualquer misticismo, melancolia, excesso de sentimento ou a falta dele
Quero ser louco de momento
Não a todo instante
Apontado... insano e maluco
Quero rir e parar
Não sorrir e delirar
Quero olhar e não vê frases
Saindo dos lábios calados
Quero paz interior
Deixar de pensar tanto em letras, que juntam frases

Que formam estrofes que encantam os outros
e me deixa vazio
Quero ficar mudo diante de mim
Que tanto fala e não me deixa dormir
Não quero mais ser poeta
Chega de dizer minhas palavras
Me deixem
Abandono este corpo
essas idéias
esses pensamentos
Paro de sentir vorazmente cada minuto vivido aqui
Não quero mais saber, nem entender
O porque da vida, o porque da porra da dor
Não quero mais ver nos olhos dos outros frases de amor
paro tudo... esqueço tudo...

Risco meu caderno, jogo fora meu livro,
Inundo meu mundo de televisão e porcaria
Queimo meus sonhos de poesia ... delírios e alegria
Somente para me tornar um sujeito qualquer

Amor antigo

Volto no tempo
Olhando minha infância...
Cheia de nostalgia
Minhas lembranças da adolescência
Noites intermináveis de bar e alegria
Gente linda a rodear
Quantas descobertas e segredos que ainda não devo contar
Insegurança ,medo ...
Novidades, sonhos, vontades
Encontrar aquele menino de olhos verdes
Vindo com seu boné vermelho
Com aquele rosto meigo
E um sorriso inocente no olhar
O sussurro no ouvido
Dizendo delírios de um futuro não real
O beijo calmo e duradouro
Deixando nos lábios o mais puro riso
De como é bom ser jovem e tudo fica simples
E conseguir apenas soletrar temorosamente
Foi nada .. só quero te admirar

Ir de braços dados
Andando desconcertados
Falando sobre a escola, a festa italiana
Rotinas da cidade

Despedida repleta de saudade
Um aperto da distância
Já sonhando com o dia seguinte

Estar ao lado querendo pra eternidade ficar
Abraçar demoradamente
E entregar-se um ao outro como se fosse o ultimo suspiro de vida
Desprender-se e ir embora
E .......Guardar no peito pra sempre a lembrança perfeita de um amor de mocidade...

Meu lugar desconhecido

Faz tempo que o sol se esconde
Faz tempo que não viajo no olhar de alguém
Acordar lentamente e do lado encontrar
Aquela razão sincera para sorrir

Caminhar pela praia feito criança olhando o mar
Admirar aquele abraço apertado sem medida a sufocar...
no peito um mundo de alegria

Diz aos meus ouvidos aquela voz de um amigo que busque
uma inspiração menos fria
Mas não posso conter essas palavras que me cercam
Que desanima meu ser... Tornando-me vulnerável

Abro os olhos e vejo por um instante aquele sorriso contagiante
Caio em si e me deparo não é pra mim o tempo todo

A banalidade de tudo turva meu olhar
E será que não há alguém sincero pra sentir como eu
Um beijo demorado sem tempo nem espaço
Um abraço e um rosto nos meus cabelo soltos

Não há mais razão de acreditar
...em uma esperança de um mundo inocente encontrar
Agora vejo
Nada disso pode acontecer
É tudo negro
Perverso e desonesto...

Na solidão...

Na solidão me calo, me aperto, me acalmo
Na solidão, ouço meu coração emudecer a cada luz apagada
Na solidão, tampo meus ouvidos para não ouvir sua voz ecoar
Na solidão, me envergo, me apego, me atenho ao silêncio
Ao seu Adeus, ao se foi, ao que não volta, ao fim...ao quieto
Na solidão... sussurro meu choro
Seguro as lágrimas
E não me encontro...
Tento quebrar essa barreira com o mundo
Tento ter vontade de lutar...de vencer esse obstáculo
Mais eu sei...Não quero derrotá-lo
No vazio escuro meu ser é calmo
Não rio
Não tenho medo
E os sentimentos somente acenam de longe
Não me atormentam
Não me destroem
Não me corroem
Não entram...
Na solidão me asseguro
Nas suas entranhas me protejo
Escapo de tudo...
E com a vida...
Aqui dentro...não me importo...

Só um ser...

Já quis dormir pra te esquecer
Já quis voltar no tempo pra te encontrar
Já quis voltar naquele instante sentindo você apaixonado por mim
Já quis eternizar aquele beijo dentro do metrô
Fazendo graça e rindo sem parar
Já quis diversas vezes de novo sentir
Minhas mãos na sua
No movimento do trem
segurando pra não cair
E parecia tudo inerte ali
Seu olhar me pedindo não vá
Eu com medo de te amar
Indo embora sem pra trás ... Olhar
Levando no peito uma angústia
Misturada com a saudade
Envolvida em felicidade
Chegar em casa
Te procurar online
Fingindo não me importar
Mas na verdade quero tanto te ter
Mesmo acabado de te ver
Já quis apagar esse sentimento
Já quis morrer por ele
Já quis gritar sem parar
Já quis esquecê-lo
Já quis não tê-lo visto
Mais na verdade...
O que eu não consigo
É continuar vivendo
Com este... já tive você
Com este... já fui parte sua
Em um único ser...

Amor perfeito

Será que me esqueces
Nesses bosques que andas
Nas sombras das noites
No alvoroço da ventania?
Será que se escondes
Nos abismos infindáveis
Nas constelações desconhecidas?
Aondes?
Por onde andas?
Amor meu...
Será que me recordas
...nas noites de corpo frio.
...nas chuvas de verão.
...na bonança do mar?
Por onde andas
Aonde se escondes?
Amor meu...
Por que foges
Se só há saudosas lembranças
De um beijo teu em meu rosto?
Por que me abandonas?
Se só tenho inocência pra você
Amor perfeito...
Em meu peito.

O Beijo

Espero ansiosamente por um encontro pequeno
Daqueles mágicos que os lábios mutuamente se encaixam
Espero fielmente por estes olhos azuis a sorrir ao me ver
Adentrar o vale dos sonhos e nele ficar parado e mudo
Sorrindo sem saber e entender o por que
Estar ao lado dizendo palavras quaisquer
Sobre os desejos, anseios, o mundo
Perder-se quando o braço envolver
Quando cheiro da pele prevalecer
Vaga tão meigo o toque dos dedos
Calmamente sobre o rosto
Trazendo um segundo
De um melancólico e devoto sossego
Quero parar e escutar o coração sussurrar
Estes delírios curtos
A emoção narra cada gesto puro
E por esses suspiros de um encontro singular
Paira uma amizade sincera
Que surpreende-se com tal beijo encantado e perfeito...

Por uma lembrança e uma eterna saudade

Inerte ali olhando tudo ao meu redor
Tive a certeza que não era um sonho
E por um segundo eu queria sumir
Não sentir a dor tão forte em mim
Ir para longe de quaisquer vestígios do Adeus
Deixando de relembrar sorrisos e abraços
Frases malditas
Palavras esquecidas
Fechar os olhos e num mundo meigo esconder-me
Mas apenas o cinza da infelicidade me invade
Somente um cheiro de tudo que morreu me envolve
Reluto contra o seu rosto frio
Tento aquecer suas mãos geladas
Olho o teu peito busco um sopro de vida
Ressurgindo entre seus lábios lindos
Mas o silêncio me domina
Lágrimas e desesperos anunciam
Não existe mais luz
O calor que exalava do teu corpo com furor
Se foi...
E de repente pensei “não terei mais você”
O vazio continuará forte e mais forte
As lembranças coroarão para sempre meus pensamentos
E nem por um milésimo destas recordações
A tocarei novamente
Sua voz... Tenho medo de apagar de minha mente
Seu sorriso estridente... não mais ouvirei
Adeus... É o que eu tento aceitar
Adeus... E um dia nos encontraremos
Adeus... É no que eu preciso me apegar
Adeus... Minha irmã...
Adeus meu amor
Meu coração sempre estará contigo!

Sem receios

Nem vem desenhando palavras
Construindo estrofes
Emendando frases...
Rimas...
Criando orações...
Nem vem...
Olhando-me de cima pra baixo
Querendo-me mudar
Querendo meu silêncio
Transformando-me em um ser desconhecido
Não venha esperando de fato
Que eu mude meu jeito
E seja tão simples
Como um banho de chuveiro
Como um dia de domingo
Não espere que eu me contente
Com um beijo selinho
Um abraço corriqueiro
Com tapinhas nas costas
Não espere que eu me contente com pouco de você
Quero intensamente voracidade
Quero sangue fervendo na minha face
Quero um beijo longo
Recheado de risos e gargalhadas
Quero suas mãos no meu corpo
Me segurando e me guiando
Quero um delírio completo
Quero um momento singelo e singular
Sentindo o coração pulsante
Quero insanidade...
...Mente girando...
...Olhar entorpecido...
...Copo vazio...
...Lábios molhados...
...Olhos ofuscantes...
Um beijo delirante...
...Que seja... em qualquer instante...

Despedida de mim


Olhando no espelho
Me deparei com uma marca do tempo no meu rosto
Um vestígio da matéria do meu sofrimento
Um ano mais velho
Tantos discursos nos primórdios da juventude
Tanto horizonte a desbravar
Tanta expectativa para o incerto futuro
E agora o que vejo
São cicatrizes da vida
Seladas na minha face
Amores que se foram
Não sei porque se perderam tantas juras de amor
Amigos que sumiram
E ao longe de vez em quando acenam
Mas quase sempre
Um sorriso ausente me é lançado
O reflexo do meu olhar
Mostra-me
Onde perdi partes de mim
Em cada despedida
Em cada morte sentida
Em cada último beijo
Em cada sorriso perdido
No fim do colégio
No término da faculdade
Naquele abraço não dado
Na briga não resolvida
No choro interminável de noite
No soluço da saudade...
Nas palavras não ditas
No orgulho intolerante e imaturo...
Por fim...
Foi a dor
Que roubou minha pureza
Minha juventude
Minhas certezas
Assim...
Deixo a velhice se apoderar do meu corpo
Invadi-lo...
Dominá-lo... e açoitá-lo ao fim...

INSISTO !

Já pensei demasiadamente em formas de tê-lo novamente
Já fiz diversas promessas
Na segunda, na terça, na quinta até na sexta
Qualquer coisa para te reconquistar
De qualquer maneira
Tudo me soa na verdade ilusão
Porque meu coração
Não entende que você não vai mais voltar?
Que não sabe mais quem eu sou?
Que passa por mim
E fala oi por hábito do dia?
Os beijos sem medidas
Não são mais lembranças suas
E jaz quase um ano que tudo se foi
Por que insisto em te querer aqui?
Insisto em saber de ti?
Insisto em esperar
Não vai mais voltar
Não existe mais aquela conexão
Perdeu-se a sintonia
Queria lhe cumprimentar pela data de hoje
Desejar-lhe um belo aniversário
Desejar-lhe que conquiste todos seus sonhos
Desejar-lhe um sorriso sincero
Dizer que ainda te espero
Por que insisto em pensar assim?
Já faz tempo que não somos os mesmos
Já faz tempo que um novo amor você viveu
E por ele sofreu
Já faz tempo que de tudo um pouco eu conheci
Mas nada me surpreendeu
Como você
Nos breves encontros
Nos breves momentos
Nada te substituiu neste longo tempo
Aqui... No meu intimo e reservado peito...